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A sociologia do doce segundo Gilberto Freyre

Tabuleiro de Japonês vendido no centro do Recife em dezembro 2015
Sem o açúcar, dizia o Sociólogo Gilberto Freyre, não se pode compreender o homem nordestino.Há 70 anos, Freyre juntou as receitas preferidas da família, em Pernambuco, pra fazer uma sociologia do doce.
No passado, uma riqueza. Ouro Branco, como era chamado, gerou disputas, poder e prestígio. O açúcar ajudou a criar as bases da civilização brasileira. Para os pernambucanos, uma mercadoria valiosa. O Estado foi o maior produtor de açúcar do mundo, entre os séculos XVI e XVII.

"Pernambuco não existiria sem o açúcar. É o doce e o amargo, é o doce para quem plantava, para os senhores de engenho, para a classe dominante, era o fel para os escravos", afirma o cantor e compositor, Alceu Valença.

Foi tamanha a influência, que ele acabou contribuindo também para a formação do paladar do nordestino. Virou arte e despertou o interesse dos intelectuais. Em 1939, na época em que "açúcar" se escrevia com dois "esses", o Sociólogo Gilberto Freyre lançou um livro que ficou para a história e escandalizou os conservadores.

"A importância do açúcar para o Brasil, isso ele viu, agora os idiotas é que disseram um sociólogo, antropólogo escrever sobre doces e bolos. Houve quem chamasse ele de sociólogo de alfinim", conta o Biógrafo de Gilberto Freyre, Edson Nery da Fonseca.

Alfinim é um doce muito conhecido no nordeste, feito com açúcar e óleo de amêndoa, e vendido em tabuleiros. A paixão de Gilberto Freyre pelo açúcar acabou influenciando a família inteira. O livro está sempre ao alcance. As páginas guardam receitas que têm sabor e aroma do passado, gostinho da infância e que remetem ao doce lar.

É uma lembrança que a Chef de cozinha, Cláudia Freyre não esquece. O tio, Gilberto, não resistia às delícias da culinária do açúcar. Segredos que passavam de mãe para filha. "Eu lembro bem, e até hoje, que é uma tradição você chegar na casa de algum Freire e ter sempre uma cristaleira com um doce em compota, isso é bem comum na família", afirma a Chef.

Cláudia virou chef de cozinha, especializada em sobremesas. Tenta perpetuar o pensamento do tio, que 70 anos atrás dizia que "sem açúcar, não se compreende o homem do nordeste". Ela prepara uma das sobremesas preferidas do tio: o coupe regional, que junta cocada de coco com sorvete de tapioca.



Que aprender a fazer o Coupe Regional? Acesse: http://emporiopeoficial.blogspot.com.br/2016/05/cocada-de-tabuleiro-com-sorvete-de.html


Este artigo foi retirado de: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1077539-16021,00-A+SOCIOLOGIA+DO+DOCE+SEGUNDO+GILBERTO+FREYRE.html

Leia mais sobre Gilberto Freyre
http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/12/casa-grande-e-museu-gilberto-freyre.html 

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