Queijo Coalho assado. Imagem: Igor Calado, Empório Pernambucano |
Por JConline
Comissão se prepara há mais de dez anos para solicitar o registro de indicação geográfica para 27 cidades agrestinas.
Uma comissão formada por donos de laticínios e membros de vários órgãos públicos quer imprimir a marca do Agreste Pernambucano ao Queijo Coalho. A mais de dez anos, os participantes se preparam com pesquisas e experimentos para solicitar o registro de indicação geográfica do laticínio de 27 cidades agrestinas. O selo identifica o produto como sendo de uma determinada região, com características próprias e processo de fabricação com rígido controle de qualidade.
A denominação é pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mediante o cumprimento de diversas exigências, a exemplo da criação de um dossiê e um regulamento de produção.
A denominação é pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), mediante o cumprimento de diversas exigências, a exemplo da criação de um dossiê e um regulamento de produção.
O próximo passo chegar mais perto do título é o lançamento do livro, "O Queijo Coalho em Pernambuco: histórias e memórias". O lançamento do livro ocorreu em 26 de agosto na feira Agrinordeste, no centro de convenções.
o livro faz um passeio pela história do Queijo Coalho e traz dicas de receitas de chefs renomados. A produção do laticínio no Brasil começou no século XVI. A criação de gado se concentrou primeiro no sertão do estado. Com o tempo, os produtores rurais perceberam que as regiões agrestinas, mais elevadas, ofereciam condições favoráveis para criação de gado leiteiro, com clima frio e umidade ideal para o plantio de palma forrageira, a alimentação básica dos animais.
Regulamento
o livro faz um passeio pela história do Queijo Coalho e traz dicas de receitas de chefs renomados. A produção do laticínio no Brasil começou no século XVI. A criação de gado se concentrou primeiro no sertão do estado. Com o tempo, os produtores rurais perceberam que as regiões agrestinas, mais elevadas, ofereciam condições favoráveis para criação de gado leiteiro, com clima frio e umidade ideal para o plantio de palma forrageira, a alimentação básica dos animais.
Regulamento
Essas são apenas algumas características que os donos de laticínios e membros de órgãos públicos afirmam que influenciam no produto final, tornando o Queijo Coalho do agreste diferente. Para assegurar a qualidade, adotaram regras que visam a sanidade do animal, como a alimentação baseada na palma forrageira e uma linha de produção padronizada.
"Atualmente 70% da bacia leiteira do estado se encontra no agreste. Isso criou uma cultura para os moradores da localidade. Diferente do alimento fabricado no Sertão, aqui a massa prensada é mais fresca, e não pré-cozida. Dá uma característica sensorial diferente. Afirma o gestor do centro tecnológico de Laticínios do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) , em Garanhuns, Benoit Paquereau. Ele é um dos autores do livro junto a coordenadora do curso de História da Universidade de Pernambuco (UPE) Maria Giseuda de Barros Machado, e da arquivista e licenciada em História Sônia Romualda Napoleão Carvalho.
Atualmente, cinco donos de laticínios empregam o regulamento. Eles compartilham a marca Certificação do Queijo Coalho (CQC). O Itep está realizando testes nos alimentos para garantir a qualidade. Até 2017, o grupo pretende solicitar a indicação geográfica do INPI. "Isso vai valorizar o queijo da região. Outros empresários também vão querer adotar o regulamento e a qualidade no geral vai subir", acredita Benoit.
Leia mais:
Queijo Coalho pode ganhar selo de qualidade
"Atualmente 70% da bacia leiteira do estado se encontra no agreste. Isso criou uma cultura para os moradores da localidade. Diferente do alimento fabricado no Sertão, aqui a massa prensada é mais fresca, e não pré-cozida. Dá uma característica sensorial diferente. Afirma o gestor do centro tecnológico de Laticínios do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) , em Garanhuns, Benoit Paquereau. Ele é um dos autores do livro junto a coordenadora do curso de História da Universidade de Pernambuco (UPE) Maria Giseuda de Barros Machado, e da arquivista e licenciada em História Sônia Romualda Napoleão Carvalho.
Atualmente, cinco donos de laticínios empregam o regulamento. Eles compartilham a marca Certificação do Queijo Coalho (CQC). O Itep está realizando testes nos alimentos para garantir a qualidade. Até 2017, o grupo pretende solicitar a indicação geográfica do INPI. "Isso vai valorizar o queijo da região. Outros empresários também vão querer adotar o regulamento e a qualidade no geral vai subir", acredita Benoit.
Leia mais:
Queijo Coalho pode ganhar selo de qualidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário