Túmulo da menina sem nome, cemitério de Santo Amaro. Imagem internet |
O assassinato de uma criança de 8 anos durante o período da ditadura militar comoveu o Recife na década de 70 e deu origem a mais uma lenda urbana na cidade. A identidade da menina permanece um mistério até hoje, assim como as motivações do crime. Ninguém nunca reconheceu o corpo. Venerada como santa por muitos Recifenses túmulo da "Menina sem nome" é um dos mais visitados no cemitério de Santo Amaro.
Há quem atribua a ela milagres, cura de doenças e graças alcançadas. Pessoas sensibilizadas com a história depositam bonecas e doces. Devotos deixam cartas e placas de agradecendo graças alcançadas. Diariamente anônimos acendem velas em seu túmulo.
Encontrada morta na praia do Pina, no dia 23 de junho de 1970, sem roupas, com as mãos amarradas para trás e com uma corda envolvendo o seu pescoço. No entanto, contrariando a versão popular difundida durante os últimos 45 anos na cidade, a perícia no corpo deu conta de que a "menina sem nome" não morreu por afogamento, também não foi estuprada. A versão oficial assinada pelo perito Nivaldo Ribeiro, da como causa mortis "asfixia por sufocação", a menina foi amarrada ainda viva e sufocada com o rosto sendo pressionado contra a areia da praia.
Um homem chegou a ser preso na época e confessou ter matado a criança após ter passado uma noite com ela. Seu relato, no entanto contradiz ao laudo do perito e o acusado foi assassinato antes de ser julgado.
A comoção causada pela morte brutal de uma criança, cujo corpo nunca identificado e nem reivindicado por nenhum parente, acabou motivando seguidas romarias até o seu túmulo, com o tempo pessoas começaram a relatar milagres atribuídos a Menina sem nome. Até hoje o seu túmulo é o mais visitado do cemitério de Santo Amaro.
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