As histórias de Comadre Florzinha têm origem na Zona da
Mata Pernambucana. Segundo a crença popular “Comadre Fulozinha” foi uma criança
que se perdeu na mata, procurou o caminho de volta para casa, mas nunca o
encontrou. Desde então ela se tornou o espirito protetor dos animais e das
florestas contra quem tenta caçar ou derrubar arvores. Gosta de ser agradada
com presentes, principalmente mingau, confeitos, fumo e mel. Quando agradada,
faz com que a caça apareça e também permite que o visitante consiga sair da mata
ileso.
Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada e costuma
se enfurecer fácil. É comum a ela quando furiosa chicotear com folhas de urtiga
quem adentra a mata sem levar fumo ou mel para agrada-la. Os primeiros sinais
de que ela está próximo é o seu assovio, e para enganar, seu assovio se torna
cada vez mais baixo a medida em que se aproxima. Um dos principais sinais de
que ela esteve em um local são as tranças feitas por ela durante a noite no
rabo de cavalos da região.
A forma mais comum de faze-la aparecer é chamar por seu
nome três vezes seguidas dentro da mata. Cumadre Fulozinha é irrequieta e traiçoeira,
não raro ela faz desavisados se perderem na mata, rouba seus mantimentos,
assusta os cavalos etc. Pessoas que encontraram com ela terminaram por serem
chicoteados com cipós e urtigas.
Em 2014 o G17 deu conta que quatro jovens teriam sido
atacados por Cumadre Fulozinha enquanto acampavam na cidade de Gravatá-PE.
Segue a matéria divulgada na época:
Jovens relatam ataques de Cumadre Fulozinha enquanto acampavam em Gravata, Zona da Mata Pernambucana |
“Quatro jovens que acampavam na zona rural de Gravatá, interior de
Pernambuco, foram vítimas de um ataque furioso no meio do mato, durante a
noite. Segundo os adolescentes, quem atacou o grupo foi a Comadre Fulozinha, ou
Florzinha, uma assombração muito comum nas cidades do nordeste. Algumas pessoas
a confundem com Caipora (ou Caapora) ou Curupira.
"A Fulozinha veio em busca de fumo, mas como não tínhamos cigarro, ela
quase matou o grupo todo, bateu forte com os cabelos dela que parecia ter
chamas de fogo", disse Erenildo, uma das vítimas. Na cidade de Gravatá, algumas pessoas afirmaram que ataques da Cumade Fulozinha é comum nas matas. "Ela usa o cabelo para bater nas pessoas e também fazem nó nos cabelos dos cavalos", disse o agricultor José Antonio."
Se você tiver histórias, relatos ou alguma experiência com a Cumadre Fulorzinha, escreva para nós e enriqueça essa história.
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